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São Paulo, ampliou seu escopo temático, com ênfase não apenas na questão dos resíduos, como na edição de 2023, mas também nos outros três pilares do saneamento – água, esgoto e drenagem.
Segundo o curador do evento, o professor e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Luiz Firmino, o encontro é realizado em um momento extremamente oportuno porque há muitas mudanças em curso na regulação do setor que são de grande complexidade, provocadas pelo Novo Marco Legal do Saneamento, aprovado em 2020. A medida, que visa a universalização dos serviços de saneamento básico no Brasil até 2033, abriu a possibilidade de entrada, ele pontua, da iniciativa privada para o atingimento das metas, o que reconfigura totalmente o setor.
Transcorridos cinco anos da sanção do novo marco, Firmino ressalta que há muito a ser pesquisado em relação ao andamento das metas. “Quando foi aprovado, metade da população brasileira não contava com coleta e tratamento de esgoto e 30 milhões de pessoas não tinham o a água potável. Entre o segundo e terceiro ano da sua vigência, as licitações feitas já somavam R$ 70 bilhões a serem alocados em projetos para diminuir o déficit no saneamento, representando aproximadamente 20% do que precisa ser feito”, explicou Firmino.
Para o curador do CIRS Búzios 2025, há questões cruciais a serem observadas como o modelo de negócios – PPP e concessão; estratégias de financiamento; capacidade de pagamento dos usuários, que envolve a discussão sobre subsídios; uniformidade regulatória; a participação da sociedade no processo; a gestão de dados e informação; obstáculos enfrentados pelas empresas para avançar, entre outras. O congresso, diz Firmino, será uma oportunidade de reflexão sobre esses pontos junto aos seus principais atores e, ainda, contribuirá para fortalecer a articulação entre instituições e para criar uma agenda positiva que ajude a promover iniciativas em prol do setor.
“Teremos diálogos bastante construtivos porque o Congresso reunirá autoridades governamentais, agentes de órgãos reguladores, empresários, financiadores, profissionais da área, ou seja, diferentes elos que precisam trabalhar juntos na proposição de soluções para os problemas complexos do segmento de resíduos e saneamento no Brasil”, aponta Firmino. E acrescenta: “Queremos saber, por exemplo, quais são os obstáculos que a iniciativa privada está enfrentando para a aprovação dos seus projetos rumo às metas estabelecidas no novo marco; como superá-las; quais os caminhos trilhados por aquelas empresas que já venceram essas dificuldades, ou seja, há muito o que trocar.”
Outro aspecto destacado pelo curador é a relevância do Congresso para a atualização do conhecimento com o que há de mais inovador no campo da ciência por meio do debate com a academia. A dinâmica do CIRS Búzios 2025 contempla a exposição de trabalhos inéditos de pesquisadores nos quatro eixos temáticos do evento, que tem como alavancadores das discussões os ODS 6 (Água potável e saneamento); 12 (Consumo e produção responsáveis); e 17 (Parcerias e meios de implementação).
“Decidimos ampliar os debates para além dos resíduos sólidos porque eles são apenas parte do problema e, ao mesmo tempo, estão totalmente relacionados ao tratamento de esgoto, à drenagem e à água, explica a bióloga Alice Hagge, gerente de Relações Institucionais da Masterplan, empresa idealizadora e realizadora do evento. Ela destaca que Congresso trará novidades também no seu formato, com a inclusão na programação de quatro debates, em que diferentes atores (ente público, empresa, investidor) discutirão entre si, a partir de visões distintas, perspectivas sobre um determinado assunto.
SERVIÇO:
CIRS Búzios 2025 – 2º Congresso Internacional de Resíduos e Saneamento
Data: 6 a 10 de outubro
Local: Hotel Atlântico Búzios Convention Estr. da Usina Velha, 294 –
Armação dos Búzios
Link para inscrições: Link
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