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Elias Rodriguez, de 31 anos, suspeito de ass a tiros dois funcionários da embaixada de Israel em Washington, nos Estados Unidos, tem ligações com um grupo radical de esquerda conhecido por liderar protestos do movimento Black Lives Matter e por defender ativamente a causa palestina. A informação foi divulgada por autoridades locais após o atentado, que está sendo investigado como possível crime antissemita.
O ataque ocorreu na noite de quarta-feira (21), em frente ao Capital Jewish Museum, na capital americana. Testemunhas relataram que Rodriguez gritava “Palestina livre” no momento dos disparos. A polícia informou que o suspeito teria confessado o crime após ser detido.
Segundo investigações preliminares, Rodriguez teve vínculos com o Party for Socialism and Liberation (PSL), um grupo de extrema esquerda que publica regularmente mensagens contra Israel nas redes sociais. No dia do ataque, a organização postou: “Fim ao genocídio. Israel fora de Gaza agora”.
Em nota publicada na rede X (antigo Twitter), o PSL reconheceu que Rodriguez teve uma “breve associação” com uma de suas filiais, mas afirmou que o vínculo terminou em 2017 e que não mantém contato com ele há mais de sete anos. “Rejeitamos qualquer tentativa de associar o PSL ao tiroteio em DC. Não temos nenhuma relação com esse ato e não o apoiamos”, afirmou a legenda.
Em um artigo que foi removido do site do grupo após o ataque, Rodriguez aparecia como um militante que participou de um protesto em 2017 contra o então prefeito de Chicago, Rahm Emanuel, durante uma manifestação do Black Lives Matter no aniversário da morte de Laquan McDonald, adolescente negro morto por um policial.
Na ocasião, Rodriguez criticou a empresa Amazon, acusando-a de “branquear” a cidade de Seattle e de contribuir para a desigualdade racial. “A Amazon representa um perigo direto para os trabalhadores que vivem na cidade. Queremos cidades ocupadas por grandes corporações onde só os brancos e ricos podem viver?”, questionou na época.
De acordo com seu perfil no LinkedIn, também retirado do ar após a prisão, Rodriguez trabalhou como pesquisador de história oral na organização The HistoryMakers, dedicada à preservação da história afro-americana. Formado em Letras pela Universidade de Illinois, ele também atuou como redator de conteúdo para empresas do setor de tecnologia.
Na manhã de quinta-feira (22), Rodriguez era interrogado pela Polícia Metropolitana de Washington e por agentes do FBI. Testemunhas relataram que ele parecia agitado pouco antes do ataque e que, ao ser abordado, sacou um keffiyeh vermelho (lenço tradicional palestino) enquanto gritava slogans pró-Palestina.
Imagens registradas no local mostram o suspeito vestindo terno e sendo levado algemado pela polícia. As investigações seguem em andamento e o caso continua mobilizando autoridades federais e locais.
Gazeta Brasil
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