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Ônibus
incendiado no Parque Itamaraty, em Messejana
5915m
Foto: Rafaela Duarte/Sistema Verdes Mares
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Desde
quarta-feira (2), ocorreram 157 ataques no estado. Na segunda-feira (7), o
governo do Ceará anunciou o reforço de mais 200 agentes da Força Nacional.
Os ataques
criminosos que atingem o Ceará continuam pela 6ª noite seguida. Da madrugada de
segunda-feira (7) para terça-feira (8), ônibus foram incendiados na capital e
nos municípios de Maranguape e Aracati, na Grande Fortaleza. Desde quarta-feira
(2), ocorreram 157 ações contra coletivos, prédios públicos, comércios e
agências bancária no estado.
Em Fortaleza,
dois ônibus foram incendiados na Grande Messejana na noite de segunda-feira
(7). O primeiro caso aconteceu por volta das 21h, no Bairro Pedras. Já o
segundo caso foi às 22h, na Rua Joaquim Machado, no Bairro Parque Itamary. Não
informações sobre feridos.
Na cidade
Maranguape, Região Metropolitana de Fortaleza, um micro-ônibus que fazia a
linha Pau Serrado/Tabatinga foi incendiado durante a noite, na rodovia CE-065.
Por conta do incêndio, o trânsito no local ficou congestionado. De acordo com a
Polícia Militar, os suspeitos fugiram.
Já em Aracati,
um ônibus também foi incendiado próximo à rodoviária do município, localizada
na Rua Coronel Alexandrino, na noite desta segunda. O incêndio teve início por
volta das 23h. De acordo com o Corpo de Bombeiros, populares perceberam o fogo
no veículo e acionaram o socorro. O ônibus ficou destruído.
Por conta dos
ataques contra ônibus ocorridos na Capital, empresas de transporte urbano
recolheram os coletivos durante a madrugada desta terça-feira. O Sindiônibus
havia informado, na noite de segunda, que a frota de ônibus de Fortaleza deve
circular com 100% dos veículos desde as primeiras horas da manhã desta terça.
Em todo o
Ceará, ocorreram 157
ataques nos últimos sete dias. A Força
Nacional foi chamada para reforçar a segurança e começou a atuar
nas ruas na noite de sábado (5). Na segunda, lojas
foram fechadas na Grande Fortaleza após ameaça de criminosos, e o
governo do Ceará anunciou que mais
200 agentes da tropa federalchegarão ao estado.
Em resposta aos
crimes, um dos chefes de uma facção criminosa foi transferido para um presídio
federal. Dezenove detentos também devem ser levados para outras unidades
prisionais nos próximos dias.
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Polícia
realiza segurança dentro dos ônibus de Fortaleza
Foto: Sistema Verdes Mares
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Motivação
dos ataques
De acordo com o
secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, a nomeação do novo
secretário de istração Penitenciária do estado, Luís Mauro
Albuquerque, provocou
a onda de ataques. Segundo André Costa, "a criminalidade já
conhecia o trabalho" do novo gestor da pasta que istra os presídios
do Ceará.
A sequência de
ações criminosas ocorreu após uma fala de Mauro Albuquerque, que prometeu
fiscalizar com mais rigor a entrada de celulares nos presídios. Desde o início
da onda de crimes, agentes
penitenciários apreenderam 407 aparelhos em presídios.
De acordo com
uma fonte do Serviço de Inteligência da Secretaria da Segurança ouvida pelo G1,
membros de duas facções rivais fizeram um "pacto de união", com o
objetivo de "concentrar as forças contra o Estado". Em pichações em
prédios públicos de Fortaleza, criminosos escreveram que "não vão parar
até o secretário sair". "Fora Mauro Albuquerque", diz a
mensagem.
População
sem ônibus e comércio fechado
Um dos alvos
dos ataques são os ônibus do transporte público da Grande Fortaleza; 20
veículos foram destruídos com material inflamável. Para reduzir o prejuízo, o
sindicato retirou os ônibus das ruas.
"Ônibus
não tem em prateleira. Você precisa encomendar. Então você tem toda uma série
de prejuízos com falta destes ônibus para poder manter o nosso desempenho
operacional nas ruas", afirma Dimas Barreira, presidente do Sindicato das
Empresas de Ônibus.
Sem transporte
público, o comércio teve forte queda nas vendas. Em plena alta estação, bares e
restaurantes fecharam mais cedo em Fortaleza. "A gente ainda tentou
esticar um pouquinho mais, mas os clientes mesmo foram embora com medo do que
está acontecendo aí", diz Flávio Renan Barros, dono de restaurante.
"Pensamos
até em não sair hoje pro evento que a gente tinha se programado há algum tempo.
A sensação é de insegurança", diz a turista Mônica Lima.
Na noite de
sábado, as ruas mais movimentadas de Fortaleza estiveram com pouco fluxo de
veículos e pessoas. Com medo de novos ataques e sem opção de utilizar os
ônibus, a maior parte da população preferiu ficar em casa.
Por G1 CE
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