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João Maia em
ação na cobertura da Paralimpíada
5915m
(Foto:
Reprodução/ Internet)
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João ficou cego em 2004 em
decorrência de caso grave de uveíte bilateral. 'A audição me ajuda e o contraste de cores facilita', explicou fotógrafo.
Em meio à aglomeração de
fotógrafos que fazem o registro de imagens da Paralimpíada Rio 2016, João Maia
chama a atenção de todos. Ao contrário dos outros profissionais, ele é cego.
Com o auxílio da audição e da tecnologia, ele prova ser capaz de exercer com
maestria a profissão que escolheu, apesar da limitação. "Fotografia é
sensibilidade", ele afirma.
João ficou cego em 2004, aos 28
anos, em decorrência de um caso grave de uveíte bilateral - uma inflamação na
camada média do globo ocular. Ele não enxerga com o olho direito, que sofreu
descolamento de retina. Já o olho esquerdo tem uma lesão no nervo ótico, além
de glaucoma. Clinicamente cego, ele só é capaz de enxergar vultos coloridos à
uma distância de até um metro.
Por causa do problema ocular, João
faz tratamento periódico no Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele começou a
fotografar quatro anos depois de ficar cego.
“A audição me ajuda e o contraste de cores me facilita”, explicou João sobre o desafio de fotografar sem enxergar. Ele opera uma câmera profissional com o auxílio de um telefone celular que possui comandos de voz e o indica onde está cada comando do equipamento.
“As pessoas me perguntam se faz diferença fotografar com uma câmera ou com um celular. Mas o que faz a diferença é quem está por trás do equipamento. Como você compõe a foto, imagina a foto. Tudo isso a pela minha cabeça”, revelou.
“A audição me ajuda e o contraste de cores me facilita”, explicou João sobre o desafio de fotografar sem enxergar. Ele opera uma câmera profissional com o auxílio de um telefone celular que possui comandos de voz e o indica onde está cada comando do equipamento.
“As pessoas me perguntam se faz diferença fotografar com uma câmera ou com um celular. Mas o que faz a diferença é quem está por trás do equipamento. Como você compõe a foto, imagina a foto. Tudo isso a pela minha cabeça”, revelou.
João Maia em ação na cobertura da
Paralimpíada (Foto: Reprodução/ Internet)
Superação
Nascido na cidade de Bom Jesus, no Piauí, João Maia se mudou para São Paulo há 20 anos em busca de melhores condições de vida. Na capital paulista, ele concluiu o curso técnico em agropecuária. O sonho de ingressar numa faculdade só foi realizado após o problema de saúde que lhe tirou a visão.
Nascido na cidade de Bom Jesus, no Piauí, João Maia se mudou para São Paulo há 20 anos em busca de melhores condições de vida. Na capital paulista, ele concluiu o curso técnico em agropecuária. O sonho de ingressar numa faculdade só foi realizado após o problema de saúde que lhe tirou a visão.
Nunca é tarde para voltar e
começar"
João Maia
“É engraçado como a vida traça
caminhos diferentes. Eu só concluí o curso de licenciatura em história depois
que eu fiquei deficiente visual, aos 33 anos. Por isso que eu digo: nunca é
tarde para voltar e começar”, destacou João, que ingressou no ensino superior
graças a uma bolsa de estudos para atletas.
Acostumado a fotografar eventos esportivos, participar da Paralimpíada é o ponto alto da carreira de João Maia. As competições de goalball e futebol de cinco são suas favoritas.
“Todo mundo tem que ficar em silêncio, aí a gente tem que ouvir o guizo da bola. Aí é perfeito para fotografar, porque eu vou seguindo o som com o guizo e tem o contraste das cores, o que proporciona uma imagem de qualidade”, contou João.
Acostumado a fotografar eventos esportivos, participar da Paralimpíada é o ponto alto da carreira de João Maia. As competições de goalball e futebol de cinco são suas favoritas.
“Todo mundo tem que ficar em silêncio, aí a gente tem que ouvir o guizo da bola. Aí é perfeito para fotografar, porque eu vou seguindo o som com o guizo e tem o contraste das cores, o que proporciona uma imagem de qualidade”, contou João.
Do G1 Rio
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