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Guido
Mantega fala à imprensa após reunião sobre a obrigatoriedade
5915m
de air bags
e freios ABS nos automóveis produzidos no país a partir
do próximo
ano(Ueslei Marcelino/Reuters)
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Sétima fase da operação mira
empresário amigo do ex-ministro da Fazenda; Polícia Federal cumpre 27 mandados
em cinco Estados
O ex-ministro da Fazenda Guido
Mantega foi alvo de mandado de condução coercitiva (quando a pessoa é levada
obrigatoriamente a prestar depoimento) na sétima fase da Operação Zelotes,
deflagrada na manhã desta segunda-feira. Além da ação contra o ex-ministro,
agentes da Polícia Federal cumprem hoje outros 14 mandados de condução
coercitiva e 12 de busca e apreensão em cinco Estados - Distrito Federal, São
Paulo, Pernambuco, Paraíba e Santa Catarina.
A Zelotes trabalha com duas linhas
de investigação: uma apura um suposto esquema de fraudes em julgamentos do
Conselho istrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão ligado ao Ministério
da Fazenda responsável por avaliar recursos de empresas multadas pela Receita
Federal. E a outra investiga a compra de medidas provisórias de incentivos
fiscais a companhias automobilísticas.
Um dos principais alvos da nova
etapa da Zelotes é a Cimenta Penha, do empresário Victor Garcia Sandri, amigo
de Mantega. De acordo com as investigações, a empresa teria comprado o então
conselheiro do Carf Valmar Fonseca de Menezes para anular o seu débito na
Receita. Os procuradores afirmam que o ex-ministro nomeou, em junho de 2011,
Valmar e também o então conselheiro José Ricardo da Silva - já condenado na
Zelotes - para a câmara que analisou o caso do seu amigo. Com isso, a Cimento
Penha conseguiu abater débito de 106 milhões de reais em julgamento no Carf.
Em janeiro deste ano, o
ex-ministro da Fazenda já havia prestado depoimento no âmbito da Zelotes. Na
ocasião, ele negou à PF que tivesse conhecimento dos esquemas de corrupção. No
fim do ano ado, Mantega teve os sigilos bancário e fiscal quebrados por
decisão do juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira,
responsável pelos inquéritos da Zelotes.
Iniciada em março do ano ado,
a operação apura os crimes de advocacia istrativa fazendária, tráfico de
influência, corrupção ativa e iva, associação criminosa e lavagem de
dinheiro praticadas por uma "estrutura criminosa complexa" formada
por conselheiros e ex-conselheiros do Carf, advogados e empresas, conforme nota
da PF.
(Com Estadão Conteúdo)
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