O advogado criminalista estava internado em São Paulo desde o dia 18 de
novembro
5915m
O advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos morreu na
manhã desta quinta-feira (20), em São Paulo, aos 79 anos. A informação foi
confirmada pela assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês, onde Thomaz
Bastos estava internado para tratamento de descompensação de fibrose pulmonar
desde a última terça-feira (18).
Em 2007, Thomaz Bastos já havia tratado um câncer no pulmão. O
Sírio-Libanês não divulgou mais detalhes sobre a morte do ex-ministro.
Bastos foi ministro da Justiça entre 2003 e 2007 durante o governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos últimos meses, defendia as
empreiteiras Camargo Corrêa e a Odebrecht no caso da operação Lava Jato.
No julgamento do mensalão, Bastos defendeu ex-dirigentes do Banco Rural
e defendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira na época da I que investigava as
ações do contraventor.
Trajetória
Natural de Cruzeiro, no interior paulista, Bastos formou-se em Direito
pela USP (Universidade de São Paulo) em 1958, tendo atuado no ramo do direito
criminal. O ex-ministro foi vereador pelo PSP (Partido Social Progressista) na
sua cidade natal de 1964 a 1969. Foi representante das entidades de classe dos
advogados, presidindo a seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) entre 1983 e 1985.
Entre ações dele quando esteve à frente da pasta, destacam-se a aprovação
do Estatuto do Desarmamento, em 2003 e a aprovação da Emenda Constitucional n°
45, conhecida como a Reforma do Poder Judiciário, em 2004.
Bastos atuou durante os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte,
como presidente do Conselho Federal da OAB. Em 1990, após derrota de Lula nas
eleições presidenciais, aproximou-se do PT (Partido dos Trabalhadores). Ele
também foi um dos redatores do pedido de impeachment do então presidente
Fernando Collor (1990-1992). Em 1996, fundou o IDDD (Instituto de Defesa do
Direito de Defesa), que é uma organização da sociedade civil.
Thomaz Bastos atuou em diversos casos emblemáticos como na acusação dos
assassinos do ativista ambiental Chico Mendes, morto em 1988. Também teve
atuação nos julgamentos do jornalista Pimenta Neves, assassino confesso da
namorada, Sandra Gomide, em 2000, e na defesa do médico Roger Abdelmassih,
condenado a 278 anos de prisão por 48 ataques sexuais a 37 vítimas.
Thomaz Bastos foi ministro da Justiça do Brasil durante o primeiro
mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e durante três meses do segundo, entre os
anos de 2003 e 2007.
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